Porque só o torto é que sabe o que é o direito
Aqui estamos, mais uma vez.
Voltamos para reafirmar a potência política do poético. Porque as ideias precisam voltar a ser perigosas. Porque nada é mais poderoso do que uma ideia cujo tempo chegou. Porque de clichês, chiclés e de picles o mundo está cheio.
Em nosso primeiro texto de boas-vindas, em 4 de dezembro de 2007, nos definimos como um rizoma. Aquele que não começa nem conclui, que está sempre no meio, está em trânsito e é Caminho ao mesmo tempo.
Continuamos com o mesmo olhar idealista por sobre o mundo. Queremos que ele funcione, como dizia Buckmister Fuller, “… para 100% da humanidade no menor tempo possível através da cooperação espontânea sem ofensa ecológica ou desvantagens para qualquer um”.
É Utopia? Certamente. Mas também é Vida. É Ciência e Humanidades. É Arte e Cultura.
Estamos recomeçando de onde paramos, mas não reconhecemos mais o território. Os atores, as condições e até mesmo as relações de poder se transformaram. Olhamos para o mundo com as lentes de 2017, 10 anos após aquele Começo de 2007, e existe um estranhamento. Havia ingenuidade – sabemos hoje – mas quem disse que não haverá ingenuidade agora, em relação ao amanhã?
Como da primeira vez, nos organizamos em Colunistas e em Blogueiros. Os primeiros, são responsáveis por manter vivo e intelectualmente desafiador o portal d’O Pensador Selvagem, aqui mesmo em http://opensadorselvagem.org. Já os segundos destilam sua acidez, bom (ou péssimo) humor e divagações em um dos vários subdomínios que podem ser vistos em Blogs.
Tudo que podemos lhe dizer é que somos uma trupe de selvagens pensadores, que se organizam em torno de uma linha de pensamento singular: acreditamos em um mundo no qual a dominação do humano sobre o humano será apenas uma página amarela e carcomida de um livro de história de séculos atrás.
Se existe ressonância com a tua forma de ver o mundo, e tens vontade de estar mais próximo, então talvez estejas sendo Convidado a navegar conosco.
Se tens em ti o desejo de ver com teus próprios olhos, e moldar com tuas próprias mãos, no barro do tempo, um outro mundo possível, mais justo, equânime, solidário, sustentável e resiliente, és bem-vindo a compor conosco.
E como dizia B.K.Jagdish:
“Nossos pés deixam pegadas na areia do tempo. Se estivermos no caminho errado, muitos nos seguirão, desviando-se do que é correto. Quando pensamos que uma ação é só por aquele momento e esquecemos que ela deixa um rastro atrás de si, não estamos sendo responsáveis.
Todas as nossas ações afetam os seres humanos, dando-lhes alívio ou tristeza. Podemos fortalecê-los ou não. Podemos causar ferimentos ou curas. Podemos gerar conflitos ou resolvê-los. Podemos criar cataclismas ou algo nobre para a sociedade.”
Temos responsabilidade por aquilo que dizemos, realizamos e fazemos sentir. A tomada de responsabilidade pelas próprias ações é parte essencial da maturidade e da coerência que almejamos. Estamos adentrando uma Era em que o Coletivo começará a se tornar cada vez mais relevante em relação ao que é Individual. E podemos apoiar mutuamente iniciativas que se movem nesta direção.
Traga consigo a tua boa vontade. E junte-se à Aventura.